Leia ouvindo: Ghost Beach – Empty Streets
“Estou de férias, sem hora pra acordar, sem obrigações durante o dia, sem motivos pra me estressar.” Bom, era nisso que eu queria acreditar, mas a verdade dura é: estou sem trabalho, acordo com medo da vida passar em branco, passo o dia idealizando sonhos utópicos, acabo o dia sem fazer absolutamente nada.
Tem horas que simplesmente dá preguiça. Não que passe pela minha cabeça desistir, mas viver tem sido difícil. Complicações que a gente mexe e remexe no tabuleiro e não consegue solucionar o jogo. Viver pra trabalhar, trabalhar pra viver. Que que a gente ta fazendo com o nosso tempo?

Depois dos 20 e poucos, os 20 e muitos chegam cheio de empecilhos pro nosso dia a dia. Entramos por uma porta totalmente sem saída. As contas vão chegar, as rugas igualmente, as responsabilidades mais ainda. As malditas responsabilidades.
Quão mais fácil é jogar tudo pro alto e esquecer das batalhas que ainda sobram pra encarar? Eu concordo, às vezes essa solução de começar uma nova vida é muito mais sedutora, e pode ser mesmo que solucione o problema. Mas nem sempre a gente tem essa opção. Ou quer mesmo, de coração, recomeçar.
E volta mais uma vez a velha história da coragem. Coragem pra que? Pra tudo. Encarar a realidade, erguer a cabeça, acreditar que tudo vai dar certo e fazer, de fato, tudo dar certo.
Aquele mito de que o mundo conspira a favor ou contra você é só mais uma desculpa pra deixar que tudo se ajeite sozinho, mas lembre-se que o tempo que se perde esperando é o mesmo tempo em que se pode investir em iniciativas que trarão o “final feliz” bem mais rápido. Final não, começo feliz. Porque é a partir dali que a vida vai deslanchar e florir.
A minha escolha? Definitivamente, viver uma eterna primavera.
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