Leia ouvindo: Arctic Monkeys – Arabella
Você nunca vai estar preparada para críticas, nunca! Sempre vai doer de um jeito diferente e inesperado, você quase sempre não vai conseguir deixar para lá. Você vai refletir sobre isso quando colocar a cabeça no travesseiro antes de dormir. Se conseguir dormir, claro.
Para todos que estão ao seu redor está tudo bem, você é uma verdadeira fortaleza. Você diz que não se importa, mas pensa, claro que pensa. E deixa eu te contar uma coisinha? Tudo bem. Seu choro é livre. Pode refletir sim sobre o que disseram, mas não deixe que afete a ponto de abalar sua estrutura.
Não estamos livres dos dedos apontados e palavras tortas. A questão não é a crítica, é a sua reação diante dela. E nessas horas eu lembro de uma frase que vai além das críticas e seus desdobramentos, é tudo questão de escolha. E de posicionamento também.
“Se quiser nadar com os tubarões não sangre.”
Não sei de quem é a frase, mas desde quando ouvi ficou em mim. Talvez por que eu sou o tipo de pessoa que gosta de nadar com tubarões, apesar do medo declarado, eu vou. Talvez você também seja dessa turma ai, que gosta de ir naquele lugar onde a zona de conforto morre e obviamente você se movimenta, muitas vezes à frente do que os outros consideram normal. Você não é conformada, você vai além. Continue assim.

É ali, nos meios dos tubarões que moram as críticas. É ali também que mora a sua evolução na inteligência emocional de lidar com elas. E você vai sangrar, tá? Você não é perfeita, e nem nunca vai ser. Nessa hora é bom nadar com todas as suas forças para a praia mais próxima. Um pouco de terra firme, curativo e recuperação não faz mal à ninguém.
Mas passado a fase em terra firme, já pode voltar para água? Deve.
Tem que saber a hora de ir. Tem que saber a hora de voltar. Tem que saber a hora de ser empático e principalmente, saber fazer da crítica, construção. Construir não muros, mas pontes. O mundo anda precisando cada vez mais de pontes e gente de verdade, empática.
Vai criticar o amiguinho? Vai com jeitinho. Você não sabe de tudo que ele passou para chegar até aqui. Você deve ter passado por inúmeras dificuldades também. Lembre-se delas. Lembre-se das criticas que sofreu. Pense como você gostaria que acontecesse se fosse com você.
O choro é livre, sim! Na maioria das vezes é melhor ser livre para o travesseiro, outras vezes, é até bom aparecer em público, mostra humanidade.
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