Leia Ouvindo: Beyoncé – XO
Para cada infinito, um particular.
Aquele que é só nosso. Aquele infinito que a gente despeja os sonhos mais loucos e as vontades mais impróprias. Onde a gente pode ser a gente mesmo, sem julgamento, sem influência de opinião alheia. É ali que a gente se encontra e abraça apertado. Ah, que saudade que eu tenho de mim.
É nesse meu infinito que eu também fico só. Gosto do junto com os meus amigos, família e amor, mas estar só por um tempo é uma escolha muito bem feita. Preciso ficar sozinha para me encontrar. Seja dentro de um quarto ou dirigindo por horas para ver o mar. Aquele é um momento meu e ninguém vai tirar. Já me tiram tanto de mim que nesses momentos isso não acontece, é só meu.

Cada um tem o seu próprio infinito, sua vida, sua vontade. O dele não é melhor quê o meu e o meu não é melhor do quê o dele. Volto à dizer, cada infinito tem o seu particular. Acho mesmo que está na hora de buscarmos coisas novas e deixar os velhos cadernos de ideias para trás. O mesmo deve acontecer no guarda-roupa, na decoração da casa, no emprego, nos sonhos e nas vontades. Tudo que vivemos por aqui é finito. Amor. Felicidade. Viagens. Vontades. E tantas coisas. Há mais coisas finitas entre o céu e a terra do quê podemos imaginar.
Somos ciclos. Evoluímos. Somos mutáveis, estamos sempre à procura e não há nada de errado nisso. Que continuemos assim, buscando infinitos particulares. Que nada tire o quê é o nosso. A gente sempre vai errar o caminho, mas sempre vai existir um retorno. Sempre vai achar que aquela vista é linda, até encontrar uma próxima, que também vai ser linda. Cada uma com o seu particular.
Que finito seja o cotidiano, porque o nosso infinito é poesia.
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Que Lindo Ju!