Texto escrito para a Revista Gramado
Existe um fase da vida chamada casa. É, é isso mesmo que você está pensando. Aquela fase que a gente não se preocupa mais em ir para todas as festas, eventos e afins. A gente quer mesmo é ficar na tranquilidade do lar. Digo isso com a carteirinha de arroz de festa em mãos, adoro uma, mas sinceramente, meu sofá, minha tv e minhas taças de vinho andam ganhando cada vez mais espaço por aqui.
Em algum momento da vida liga-se uma chave, e tudo o que você mais quer é a paz de poder ficar no seu canto, fazendo suas coisas, cuidando da vida. A badalação é escolhida a dedo, os porres já não são mais os mesmo e o circulo de amigos fica cada vez menor. Natural, já não temos mais 20 anos, são vinte e tantos anos mais seletivos e tranquilos.
[ Imagem: reprodução ]
O trabalho e a correria do dia-a-dia não dão as mãos para o conforto da cama ou sofá, e o escritório acaba virando moradia temporária nos dias da semana. Vida moderna, mas nem tanto, a gente gosta mesmo é de ficar em casa. Tinha para mim que a vida seria uma verdadeira festa até os 30 anos. Viagens, relacionamentos, amigos, porres e milhares de histórias para contar, uma inquietação em viver absurda. Até que você percebe que melhor do que ir, é voltar. Ter um lar é ter um porto seguro para quando precisar. Não importa onde você esteja, suas raízes sempre serão mais fortes em algum lugar do mundo.
Viajar é preciso, voltar também. Trabalhar é necessidade, relaxar é obrigação. Festejar é sempre uma delícia, encontrar a paz é melhor ainda. Lar doce lar, filmes, taças de vinho, sofá e só. Simplicidade sempre foi a melhor escolha.
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