Leia ouvindo: Pharrell Williams – It Girl
Amor, ódio, raiva, felicidade, alegria, tristeza, luxo, lixo, ciúmes, desprezo, posse, respeito, a falta dele. O medo do escuro, a liberdade das saias, a nostalgia, o presente, o passado, a saudade, os caras que ela teve, o choro no travesseiro, a razão, a emoção. Mulher sente tudo, também sente muito. Somos exagero no blush, no chocolate e no coração.
O nosso lema é esse: melhor sentir tudo do que não sentir nada. Mulher é extremo. Mulher é foda!
Ser mulher é foda! Assim, com palavrão escrachado mesmo. É foda pelo preconceito, pelo machismo, pela desigualdade, pela intensidade. É foda pela sociedade, pelo julgamento, pela falta de discernimento e total adestramento. Você precisa se comportar de determinada maneira, precisa vestir determinadas roupas, precisa subir na balança e estar em determinado peso. A vida é ilimitada, a sociedade talvez venha com prazo de validade e ninguém achou. Estragamos faz algum tempo.
[ Imagem: reprodução ]
Querem se meter na sua maneira de parir. Querem calar a tua boca para o mundo por ser o sexo frágil. Te julgam por tomar iniciativa, te culpam pelo seu passado, falam das suas celulites, dos palavrões que você solta e até da sua unha quebrada. Falam do seu choro engasgado, da sua felicidade, da sua promoção, competência, erros e acertos. Falam das suas atitudes, ou da falta dela. Falam também das suas pernas de fora, mas se esquecem que o corpo é seu.
Incrível falarem tanto de você e nunca se preocuparem com o que você sente. Somos julgadas pelo sexo oposto. Somos julgadas por outras, como nós. O julgamento volta, algum tempo depois, de onde ele veio. Um tapa bem dado no meio cara. Eu sinto o mesmo que você, eu sou como você, se lembra? A mulher que você julga tem família, pai, mãe, irmão, primos, tios. Mas acho que você nunca parou para pensar nisso, não é mesmo? O mesmo acontece com você, mulher que olha e comenta as celulites de outra mulher, já olhou a pernoca no espelho? Já passou o creme anti-celulite? Assim como você julga/comenta fazem o mesmo com você.
A #Mulherquesente surgiu de uma conversa boba por whatsapp entre eu, a Nati e a Bia. A ideia? Mostrar para mulheres que alguns sentimentos merecem ser compartilhados. Mostrar que precisamos ser mais vidraça do que pedra e que sim, sentimos muito, inclusive pena e dó. Hoje a série que durou cerca de 3 meses aqui no blog chega ao fim.
O novo precisa chegar! Mais fresco, divertido e leve. Continuamos sentindo, continuamos com a poesia e o amor.
Uma nova série começa em novembro. Esperamos vocês!
Beijos
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adorei a série!! =) arrasaram!