Leia ouvindo: Johnny Cash – Hurt
Frisei o teto durante alguns minutos antes de fechar os olhos apenas ouvindo aquela música leve que tocava em um celular alheio. Johnny Cash se não me engano.
Minha mente, enquanto observava a falta de nuances daquele branco gelo e minha pele em contato com o piso laminado recém instalado, todo limpo com cheiro de lavanda, me levava para o sorrisos mais pleno da felicidade simples.
Dividir energias boas e balizadas por conquistas fazia a alma flutuar naquele momento. No peito a fotografia registrada por um pequeno presente que eternizará a sensação de felicidade em apenas um olhar durante a rotina difícil.
Voltar ao eixo sem medo, foi difícil. Pequenas crises de ansiedade olhando meu próprio teto tentando imaginar que se uma felicidade tão grande não pode caber no peito, algo a mais teria de dar errado.
Seriam os negócios, seriam o desanimar nessa torrencial de que tudo está certo? O pensamento negativo invadiu a madrugada e foi tranquilizada em meio a livros leves.

Em flashs a memória sorriu, tomou a vida em um grade Deja vú, quando trouxe de volta o sorriso e os sonhos que sonhei enquanto ouvia Johnny Cash. Via o teto e ali desfocado entre um barulho e outro, uma movimentação e outra, uma palavra e outra o motivo da minha fotografia dos momentos simples da rotina e o dono do medo de poder tornar todas as coisas simples em momentos felizes.
Aquele teto me levou de volta onde tudo começou, resetou a tristeza.
Tantas coisas aconteceram, tantas coisas mudaram. A última vez que eu aqui estive era apenas uma criança, depois mulher perdida, depois a mulher medrosa. A questão agora é: quem eu quero ser?
Amar força uma pessoa a fazer sua escolha. Você faz coisas que nunca imaginou que poderia fazer antes.
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