Leia ouvindo: Coldplay – Magic
Respeitem o meu espaço, o meu sorriso e as minhas escolhas. Respeitem o meu templo, essa estrutura arquitônica dedicada ao meu próprio prazer, o meu corpo. Respeitem as marcas de expressão que as gargalhadas e as noites de choro me proporcionaram, minhas pernas grossas e as minhas aulas de dança. Elas me pertencem apenas, e por isso merecem respeito.
Respeitem minhas roupas longas, largas, curtas ou justas. Respeitem meu batom vermelho e encarem-no comum como um cor de boca. Respeitem o meu gosto musical diferente, o meu cabelo desajeitado e aquela mania que eu tenho de mandar torpedo apaixonado quando bebo. Quem sou eu para desrespeitar minhas vontades mais secretas?! Quem é você?!
Se não for para edificar, não diga. Não me grite, não me julgue, não aponte o seu dedo cruel sobre os meus dramas. O meu espaço começa no ponto exato onde o seu termina, peço lembre-se disso sempre que cruzar a sua vida na minha. Imploro respeito, por favor.

Se eu sorrio é com a alma, se eu amo é com o coração, e aqui para nós, carrego um tesão imenso pelo que é verdadeiro. Sou capaz de revirar o mundo pelo que acredito e mudar de país por um louco amor. Respeitar a lucidez da vida me custou muito mais que respeitar as loucuras íntimas que arrasto comigo, e por isso eu mereço respeito. Respeitem tudo isso e mais um tanto impublicável cuidando de mim!
Manuela Berbert é baiana e publicitária.
P.S: Texto exigindo respeito àqueles que nos fere sem tocar.
{ Acho que você deveria Colar na Manu 😉 }
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