Leia ouvindo: Blur – Ghost Ship
A pergunta mais frequente que minhas amigas me fazem é a mesma que eu ainda não encontrei resposta. Não faço a menor ideia do que eu vi nele, mas admiração e cumplicidade são palavras que resumem bem o nosso quase relacionamento.
Existe um certo inconformismo das pessoas em relação a quem você escolhe para ter ao lado. Se não existem pontos harmônicos, para uma maioria, a relação que mal começou não vai para frente. Apesar da torcida das minhas amigas em relação a nós, percebo que existe um bloqueio. O mundo dele é completamente diferente do meu.
E, apesar dos mundos diferentes, temos pontes em comum. O algo em comum é muito mais importante do que qualquer harmonia física entre o casal. As pessoas ainda têm dentro de si como principal referência aquele casal que apareceu nos antigos comerciais de margarina. Grande bobagem!
[ Imagem: reprodução / pinterest ]
Nos frustramos porque muitas vezes as expectativas criadas são baseadas no querer dos outros e não nas nossas próprias vontades. Homens e mulheres buscam estereótipos, se algo não encaixa nas expectativas é sinal que não vai encaixar na vida.
Na busca incansável por amor ou cia, esbarramos em imperfeições, jeitos e manias que não foram pensados como peças para encaixar, mas sim, transformar. São pessoas que chegam com significado para mudar a vida de quem permitir.
Não sei o que ele tem, sei menos ainda o que me prende a ele, mas aprendi a ver os significados desde que chegou por aqui. Encontrei um olhar mais crítico para o mundo, uma voz carregada de calma para discussões, um ouvinte paciente para assuntos do cotidiano, um abraço apertado para dias de saudade, cumplicidade para escrever uma história e, por fim, a tão essencial admiração.
Talvez o segredo possa ser esse, não saber exatamente o que te prende a uma pessoa, mas saber de todo o significado que ela traz para sua vida.
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