Não, eu não quero dar a mão para ninguém. Não queria ajuda de ninguém, eu tinha que resolver aquilo sozinha – comigo mesma. Sou tão decidida para comprar sapatos, porque não seria para a minha vida?
A minha hora era aquela hora. Alguns podiam chamar de fuga, eu preferia pensar que era um manifesto ao amor próprio. Afinal, estava fugindo para mim mesma.
Dei a mão para a minha vida e levei na mala minhas angustias, dúvidas, alegrias, tristezas, histórias e uma bússola sentimental para trilhar meus próprios caminhos, com as dores e a delícia necessárias. Fiz a mala de quem sai de casa sem rumo, levando o pouco que precisa para viver e alguns maus necessários para sobreviver. Estava tudo ali.

De longe, aquela situação não era de mais ninguém, era só minha. Minha dor, meu choro, meu abraço, minha solidão, minhas escolhas. Me deixem em paz com a vodka e vinho, com ou sem jantar. Não preciso de rumo, tomo ele como ninguém quando mais preciso, assim como tequila. Na minha bagunça me acho, obrigado!
A liberdade é tão bonita que saí por aquela porta pensando em mim e não na opinião de ninguém. Eu tenho planos e a felicidade ao meu lado.
Para aqueles que ficam na torcida do “Vai Fracassar”, meus sinceros pesâmes. Fracasso para mim anda junto com o sucesso e se eu cair, levanto. Já levantei tantas vezes, e de cabeça bem erguida. Aos que me acham louca, meu obrigado. As pessoas mais loucas que conheci foram as mais felizes que convivi.
E por fim, verdades alheias não me interessam. A vida é minha e eu faço o quê quiser. As escolhas também.
Não precisa me dar a mão, eu aprendi a voar.
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Aplausos em pé!!!! tudo o que eu precisava Lê..bjo
Perfeito demais